domingo, 1 de maio de 2011

II Mostra Pajé de Filmes Indígenas



Programação:

Dia 03/05


TERRA VERMELHA (Brasil/Itália, 2008, 108min), Marco Bechis
Inspirado em fatos reais e tendo os Caiová eles mesmos interpretando seus papéis, o filme mostra um retrato chocante da vida desses Guarani no Mato Grosso do Sul. Um grupo de turistas passeia de barco com binóculos em punho. Índios seminus tomam banho às margens do rio. Na seqüência, vestidos com calças, camisetas e sandálias, os índios recebem o pagamento em dinheiro por representarem o papel deles mesmos.

Dia 05/05

A CAÇADA (MG, 2009, 2min), Itamar Krenak
Animação que ilustra um dia de caçada na aldeia Krenak.

CASCA DO CHÃO (MG, 2008, 48min), Glaysson Caxixó e

Jaciara Caxixó
Acompanha alguns dias da vida do cacique Djalma Caxixó, que mostra lugares e fragmentos de seus ancestrais, chamados por ele de “povo da morada do chão”. Nas andanças promovidas pelo ancião, os dois jovens cineastas aprendem também o verdadeiro significado do “encantamento” que, ao contrário da “filmação”, só é captado na escuridão da Lapa, sob o domínio de Jaci, o Deus Caxixó.

KENE YUXI - AS VOLTAS DO KENE (Acre, 2010, 48min), Zezinho Yube
Ao tentar reverter o abandono das tradições do seu povo e seguindo as pesquisas do seu pai, o professor e escritor Joaquim Maná, Zezinho Yube corre atrás dos conhecimentos dos grafismos tradicionais das mulheres Huni Kui auxiliado por sua mãe.


Dia 10/05

YIAX KAAX – FIM DO RESGUARDO (MG, 2010, 24min), Isael Maxakali
Juan Maxakali nasceu em outubro de 2009 na Aldeia Verde Maxakali em Ladainha, Minas Gerais. Seus pais, Zezão e Jupira, ficam de resguardo por trinta dias após o parto. Durante este período eles sofrem uma série de restrições, como por exemplo, não comer carne vermelha. Agora o resguardo acabou. E Isael faz um documentário sobre o ritual que marca este final. Todos vão à cachoeira. O pajé Mamey vai à mata colher jaborandi e encontrar uma pedra para cortar o bambu que será usado para soprar a água em direção ao nascente e ao poente, exatamente como faziam os antigos. Assim todos agradecem e pedem proteção ao sol. Zezão e Jupira agora estão liberados para fazer tudo que gostam.

IRACEMA, UMA TRANSA AMAZÔNICA (Brasil, 1974, 90min), Jorge Bodansky

Em contraste com a propaganda oficial da ditadura na época, que alardeava um país em expansão com a construção da Transamazônica, uma câmera sensível revela os problemas que a estrada trazia para a região: desmatamento, queimadas, trabalho escravo, prostituição. Misturando documentário e ficção, o filme narra a história da jovem Iracema (Edna de Cássia) e do caminhoneiro Tião Brasil Grande (Paulo César Pereio). Iracema permaneceu proibido pela censura militar por seis anos. Neste período, ganhou prêmios em festivais internacionais, e, em 1980, quando liberado, foi o grande vencedor do Festival de Brasília.


Dia 12/05

BURUM NAK (MG, 2009, 39min), Itamar Krenak

Antigamente o povo Krenak utilizava-se da Bacia do Rio Doce para chegar ao mar. Os antepassados deixaram a tradição. A língua, os costumes, a dança, a cultura, a terra. A mata e as águas são fundamentais para a cultura Krenak. Nosso povo vem se recuperando. A alegria de cantar, dançar e agradecer por tudo voltou.

Dia 17/05


ARTESANATO XACRIABÁ: OSSO, MADEIRA E SEMENTE (MG, 2011, 15min), Marcelo Correa Franco Xacriabá
Um panorama do ofício e da produção artesanal dos Xacriabá.

A TETA ASSUSTADA (Peru, 2009, 91min), Claudia Llosa

(Urso de Ouro no Festival de Berlim 2009 e melhor filme estrangeiro em Gramado 2009).
Uma metáfora do rompimento. Peru, um país reprimido que só se expressa inconscientemente: por seus mitos, medos, traumas. O corpo de uma mulher é o vazio a ser preenchido. Uma angústia que quer se acalmar. O pavor ao diferente e a indiferença.


Dia 19/05

ANDANDO PARA O FUTURO, SEM ESQUECER O PASSADO (MG, 2011, 41min), Eulina Xacriabá
Uma pesquisa sobre as brincadeiras e cantos do povo Xacriabá.

GRAFISMOS XACRIABÁ (MG, 2011, 20min), Ranisson Xacriabá
Resultado de uma pesquisa de Ranisson sobre os motivos gráficos usados pelo povo Xacriabá.

HISTÓRIAS DE MAWARY (Brasil, 2009, 56min), Rubem Caixeta
Até o final da década de 1940, os Waiwai viviam dispersos na região de fronteira entre Brasil, Guiana e Suriname. Nesta ocasião, ali chegaram os missionários da Cruzada de Evangelização Mundial, pregando que aqueles povos eram “escravizados” pelos espíritos e, por isso, deviam abandonar a perspectiva animista em favor da “palavra de cristo”. Por sua vez, os índios diziam-lhes que não iriam abandonar suas festas e suas danças. Em 1994 estivemos na aldeia Mapuera para ouvir as narrativas de um tempo passado, mas ainda hoje inscritas nos corpos, nas palavras, e na vida cotidiana do povo Waiwai.



Dia 24/05


MULHERES E CRIANÇAS XACRIABÁ (MG, 2011, 17min), Cida, Marlene, Vilma, Cidinéia e Sônia Xacriabá
As diferenças e semelhanças na educação, brincadeiras e trabalhos das crianças xacriabás no passado e no presente.

EXPEDIÇÃO: GRUTA CABEÇA DE ANTA (MG, 2011, 05min), Ediney de Jesus Souza Xacriabá e Abel Nunes de Oliveira Xacriabá
Expedição realizada à Gruta Cabeça de Anta, sítio arqueológico e lugar de ancestralidade para os Xacriabá.

FESTA DAS ÁGUAS (MG, 2011, 41min), Isaque Pataxó
O nosso povo Pataxó veio do espírito da chuva, enviada por Niamisû. Esse espírito se transformou em protetor do seu povo e da natureza. Os espíritos da água e da mata nos tornam cada vez mais fortes. É isso que mantém vivos os costumes e tradições do povo Pataxó e nos diferencia dos outros. Por isso é que mostramos aos outros, e a nós mesmos, o quanto somos resistentes diante de tanta discriminação. E diante dos massacres, que foram formas de reprimir o jeito com que lidamos com a natureza, respeitando cada espírito que está a nossa volta, protegendo e curando o nosso povo.
PRESENTE DOS ANTIGOS (MG, 2009, 52min), Ranisson Xacriabá e José dos Reis Xacriabá
A busca por um traço, um lastro, um rastro ancestral. Depois de muitas “guerras”, conflitos por posse de terra na região e grandes perdas em relação a práticas tradicionais, os Xacriabá revitalizam, pelas imagens, sua cultura. E, em especial, a pintura corporal. Vivenciando e registrando o que foi deixado desenhado pelos antepassados nas cavernas, eles absorvem o processo de realização de um filme, durante as oficinas de cinema documentário, ao mesmo tempo em que reforçam sua construção identitária.

Dia 26/05
CANTOS DO COITÉ (MG, 2011, 43min), Giselma Xukuru-Kariri
No município de Palmeira dos Índios, em Alagoas, o povo Xucuru-Kariri resiste à invasão da cidade por meio da força da cultura.

TABU (EUA, 1931, 81min), F. W. Murnau
Tabu, também chamado de Tabu, uma história dos mares do sul, é a última obra dirigida pelo alemão F. W. Murnau, que morreu num acidente automobilístico uma semana antes do lançamento do filme. Escrito por Murnau e Robert J. Flaherty, Tabu tem o elenco composto de nativos de onde o filme foi rodado: a ilha de Taiti, na Polinésia Francesa.
Matahi é um índio da ilha de Bora Bora. Um dia ele se apaixona por Reri, uma bela aldeã. Os anciões tribais, no entanto, reservam para Reri um destino especial: ela será oferecida em sacrifício aos deuses de seu povo. Então é declarado o tabu: qualquer homem que sequer lance sobre Reri um olhar desejoso provocará a morte de ambos. O casal foge, mas os sacerdotes tradicionais os perseguem... O título do filme vem do conceito de tapu, um princípio sagrado para muitos povos polinésios.

Dia 31/05

CORUMBIARA (Brasil, 2009, 117min), Vincent Carelli
(Kikito de melhor filme no Festival de Gramado 2009). Em 1985 o indigenista Marcelo Santos denuncia um massacre de índios na gleba Corumbiara (em Rondônia), e Vincent Carelli filma o que resta das evidências. Bárbaro demais, o caso passa por fantasia e cai no esquecimento. Marcelo e sua equipe levam anos para encontrar os sobreviventes. Duas décadas depois, Corumbiara revela essa busca e a versão dos índios.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Um paralelo Indigena

Fico feliz em postar essa mensagem aqui
dizendo que os trabalhos e a pesquisa com os indios Pataxó em Imbiruçu - Carmésia continuam...

Esse final de semana...vamos pra lá começar o projeto documental com os indigenas de Imbiruçu
final de semana em festa pros Pataxó....

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Deglutindo as férias

"Vamos comer carne e todo o mundo fundir. Hmmm... jejum, passo mal."

http://www.fafich.ufmg.br/labmidia/imagens

comendo também a "Representação do Eu na Vida Cotidiana - Erving Goffman"

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Introdução aos Estudos da Linguagem

ORLANDI, Eni P. LAGAZZI-RODRIGUES, Suzy (Org.) O texto nos estudos da linguagem: especificidades e limites. In: Introdução às ciências da linguagem: Discurso e Textualidade. São Paulo: Pontes, 2006. p.  33-75.
ECO, Umberto. O Leitor-Modelo. In Lector in Fabula: A cooperação interpretativa nos textos narrativos. São Paulo: Editora Perspectiva, 2008. p. 35-49.

Breve Síntese das Obras

 “O texto nos Estudos da Linguagem: Especificidades e Limites” de Freda Indursky salienta as diferentes formas teóricas para compreensão de textos e também se propõe em acabar com o senso comum com relação ao conceito de texto colocando-o sob observação, fazendo assim uma reflexão sobre a categoria texto e não apenas texto empírico.
Já o texto de Umberto Eco, “O Leitor-Modelo”, afirma que todo texto precisa da participação de seu destinatário por dois motivos: para estar em constante atualização fazendo a correlação entre expressão e código e também por estar repleto de espaços em branco, não-ditos, que devem ser preenchidos.

Principais Teses Desenvolvidas nas Obras

O primeiro texto do estudado foi o de Freda Indursky, mostra em seu inicio a colocação do texto como uma categoria teórica e que dependendo da concepção teórica de compreensão textual há novas interpretações também para os textos; depois é feita uma “viagem” pelo tempo em busca de um possível momento em que a noção de “texto” começou a ser formulada, desde a antiguidade clássica até os últimos estudiosos do sistema lingüístico. No decorrer da leitura foram analisados quatro filtros teóricos diferentes, para compreensão de um determinado “texto”, são eles:

- Lingüística Textual; a principio estudava o texto como uma seqüência coerente de frases, o texto era apenas uma extensão de frases, depois de um tempo os estudos começaram a se ampliar e buscaram o entendimento do texto não apenas pelas frases, mas sim pelo texto descrito por ele mesmo. (o texto pelo texto). A nova etapa do desenvolvimento da lingüística textual foi a junção dos processamentos do texto. Ou seja: buscar fazer associações que viessem dar maior discernimento com relação ao processo de compreensão e significação textual. Este modo de examinar o texto permite concebê-lo como um todo, onde as partes do todo (frases coerentes e junção das frases)  se relacionam entre si, criando assim um tipo de linguagem transfrástica.

-Teoria da Enunciação; esse filtro mostra a equivalência entre o enunciado como um texto, e afasta-se da limitação teórica de tratar a linguagem como um sistema, fechado, que considera apenas as relações internas, pelo contrario, a teoria da enunciação passa a considerar alguns aspectos que não pertencem diretamente ao sistema de linguagem. Há essa relação com o locutor com sua posição situacional que avalia o tempo de sua enunciação e o espaço da enunciação (Aqui e Agora), dessa forma a teoria da enunciação permite ultrapassar limites internos em um texto.

-Teoria Semiótica; que vê a língua como um sistema de signos  e trabalha o texto como objeto na semiótica greimasiana (narrativa) e a analise do discurso de linha francesa (o texto em relação ao discurso). A semiótica não se limita em textos lingüísticos o que interessa examinar nessa teoria é o funcionamento textual de significação. A posição do sujeito na semiótica é de instancia virtual.
O próprio sujeito é o operador de suas informações de acordo com sua competência enciclopédica.

-Analise do Discurso; em que o  texto não esta enclausurado no sistema lingüístico, mas se relaciona com o contexto histórico. Portanto vai contra a teoria da semiótica, pois acredita que o conhecimento pode vim de fontes externas ao texto. Vincula-se língua e cultura, não separando assim o texto do contexto.

Após descrever quatro tipos de analises de compreensão de texto e leitura, a autora faz suas considerações finais dizendo que foi imparcial com relação a qual filtro teórico é melhor ou pior para se analisar um texto. A idéia principal é acabar com esse senso comum citado no começo do texto.

O segundo texto estudado “O Leitor-Modelo” do Umberto Eco, se limita em analisar apenas textos não-ditos, e também enfoca que qualquer tipo de texto necessita de participação do destinatário por dois motivos, são eles:

1º Motivo: Para que haja a constante atualização do processo de comunicação e atualização dos textos fazendo a conexão entre expressão e código.

2º Motivo: Por possuir espaços a serem preenchidos nesse universo de “não-dito”. Existe um motivo pelo qual o autor também deixou o espaço em branco para ser preenchido, são dois:
Pelo falo de que um texto é um “mecanismo preguiçoso”. Em segundo lugar dar a livre interpretação para cada leitor, “ Todo texto quer que alguém o ajude a funcionar”

Por todo texto demandar a participação de seu destinatário, quando o autor produz um texto, faz uma hipótese sobre como este será lido, que caminhos o leitor deve percorrer, faz uma previsão de como será esse leitor, denominado leitor-modelo. Ele deve se mover no nível da interpretação da mesma forma que o autor o fez no nível generativo, para tanto, estratégias são tomadas. Muitas vezes,pelo contrario, há erros de previsão, motivados por análises infundadas ou preconceitos culturais. Porem, Eco ressalta que não se trata de esperar que o leitor-modelo exista, mas trabalhar o texto de forma a construí-lo de forma que se chegue onde o autor queria.
É uma troca mutua.

Outra abordagem é de que os textos podem ser classificados em abertos ou fechados dependendo da forma como as estratégias foram trabalhadas. Os últimos cerceiam o leitor, dão pouco espaço a ele (restritos). Nos primeiros, mesmo que o Leitor-Modelo faça inúmeras interpretações possíveis, uma ecoa a outra, de modo que se reforcem mutuamente.

O Autor e o Leitor-Modelo, ambos são tipos de estratégia textual segundo Eco. Mas o autor-modelo dependendo de traços textuais, que põe em jogo o universo do que esta atrás do texto e é visto como hipótese interpretativa.


Escola de Frankfurt - Fichamento Adorno


O texto de Theodor Adorno é uma critica ao que se chama de “industria cultural”, termo criado em meados do século XX com a intenção de substituir o antigo termo usado pela Escola Americana que era de “cultura de massa”. A diferença entre os termos é que na cultura de massa, o surgimento da cultura, é apartir das própria massa espontâneamente, relacionada diretamente a uma “arte popular”. Já o termo industria cultural é a união entre o que era considerado arte inferior (espontânea) com a serenidade da arte superior, criando algo mediano para atingir todas as pessoa, porém ambas saem perdendo nessa união.
A industria cultural tinha como objetivo a industrialização do espirito, transformando-o em apenas um espirito consumista (o qual servia para retroalimentar o próprio sistema capitalista) apartir da arte. A arte, por sua vez, era transformada em produto voltado para o consumo, perdendo assim toda sua autonomia.
A crítica que se faz  com relação a essa banalização da arte pela industria cultural, é a pseudo-individualização do produto, que aparenta estar em constante mudança mas, ao contrário disso, esconde uma estrutura que pouco muda, que é a motivação pelo lucro.
Outro problema observado por Adorno é a questão da racionalização das técnicas de distribuição que não se refere apenas ao processo de produção, mas sim na alienação causada em todos sentidos. A alienação criticada por Marx dos processos de produção, estão presentes também nos produtos que se apresentão como individuais.
            As técnica da industria cultural não diz respeito apenas ao modo de produção como nas artes, mas sim a distribuição e a reprodução mecânica.
            Dessa forma, a indústria cultural se preoculpou em criar ideologias ligadas integralmente aos produtos gerando assim esse espirito consumista e através dessa ideologia a consciência dos homens foi substituida pelo conformismo como  adverte Adorno:

“ As elucubrações da indústria cultural não são nem regras para uma vida feliz nem uma nova arte da responsabilidade moral, mas exortações a conformar-se naquilo atrás do qual estão os interesses poderosos” ( p. 293)

Bibliografia:           

ADORNO, Theodor. A indústria cultural. In: COHN, Gabriel (Org). Comunicação e indústria cultural. 4. ed. São Paulo: Nacional, 1978. p. 287-295.

Teorias Democraticas


 Inicio da pesquisa sobre Rousseau....foi muito interessante essa Resenha...

"O filósofo, músico compositor e teórico político, Jean Jacques Rousseau nasceu em Genebra na Suíça em 1712 e no decorrer de sua vida se tornou um grande nome do iluminismo francês. Foi um grande influente da Revolução Francesa, a qual ele foi considerado o patrono. Deixou um legado também teórico que serviu de inspiração para movimentos como marxismo e anarquismo, quando ele defende em suas teorias a liberdade e a igualdade entre os homens perante as leis, criadas por eles próprios.
Rousseau ingressou no pensamento filosófico e critico a partir de um concurso da Academia de Dijon que fazia a seguinte questão aos participantes “O restabelecimento das ciências e das artes terá favorecido o aprimoramento dos costumes?" Ele descreveu em seu diário que ao ler essa pergunta, chegou a desmaiar e depois se posicionou com uma visão negativa e critica sobre o possível “progresso” da sociedade, indo contra o pensamento da época. Com a sua dissertação ele ganhou o concurso e suas idéias se espalharam por Paris, depois disso começou a ser chamado a participar de diversos encontros com a elite, os quais e ele não gostava desses ambientes...."

“O que o homem perde pelo contrato social é a liberdade natural e um direito ilimitado a tudo quanto aventura e pode alcançar. O que com ele ganha é a liberdade civil e a propriedade de tudo o que possui.” (ROUSSEAU, 1978, p. 36)

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Voltando a Antropofagia

A seguir, uma lista de palavras indígenas, sua escrita e seus significados:

- Abacaxi - Ibá-cachi: fruta cheirosa, rescendente.
- Anhangabaú - anhangaba-ú: o bebedouro das diabruras, rio de águas maléficas.
- Bauru - ybá-urú: o cesto de frutas.
- Boipeba - mboy-peba: a cobra que se achata quando acuada.
- Buriti - mbiriti: árvore que destila líquido, palmeira.
- Caboclo - cabôco, caá-boc: procedente do mato.
- Cambuci - cambu-chi: pote, vaso d'água.
- Canga - o osso, caroço, núcleo, seco, enxuto.
- Catapora - tatá-pora: o fogo interno, febre eruptiva, erupção.
- Gambá - gua-mbá: a barriga oca.
- Jericoaquara - yurucuã-quara: buraco ou refúgio das tartarugas.
- Pipoca - py-poca: grão de milho que se arrebenta em flor por efeito da torra.
- Toró - tog-r-ó: coberta espessa, casca grossa.

Palavras Tupinambá usada para nomear lugar, serras e rios


-Paraiba                 “Rio Ruim”
-Sergipe                 “Rio dos siris”
-Paranapanema      “Mau agoro
-Piraju                   “Peixe Amarelo”
-Tijuco Preto         “Caminho de entrada”
-Butantã                “chão dura”
-Piracicaba            “Lugar onde chegam os peixes”
-Ubatuba               “lugar onde há muita cana para flechas”

Palavras em Tupinambá usadas para nomear animais e plantas

-Aves : Jacu, urubu, seriema
-Insetos : saúva, pium
-Peixes : baiacu, traira, piaba, parati, lambari, piranha
-Répteis : jararaca, sucuri, jabuti, jacaré, jibóia
-Outros animais : Tamanduá, capivara, jacaré, sagüi, jabuti, quati, paca, cutia, siri, tatu, arara
-Frutas : abacaxi, cajá, mangaba, jenipapo, maracujá
-Árvores : copaíba, embaúba, jacarandá, jatobá

Prato : Museu da Língua Portuguesa